A MDC tem a sustentabilidade como fator inerente para sua estratégia de negócio, que desenvolve projetos com foco na transição para uma matriz energética mais limpa.
Manuela Kayath, presidente da MDC, participou da matéria “Do pré-sal caipira aos resíduos sólidos urbanos: a revolução energética do biogás”, publicada no portal Un Só Planeta.
Confira, abaixo, um trecho da matéria que traz o depoimento de Manuela. Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.
Lixo e poluição dos veículos são problemas que ainda não foram solucionados nas grandes cidades do mundo. Dez anos depois da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil ainda tem quase 3 mil lixões a céu aberto liberando gás metano que poderia ser convertido em energia.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), apenas 29 empreendimentos de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) geram energia no país, totalizando 221,3 MW de potência. Isso é menos do que 0,1% da energia produzida no Brasil.
O Grupo MDC é o maior comercializador de biometano em larga escala a partir de aterro. A empresa atua em diversos segmentos e dentro do faturamento da companhia o negócio de biogás representa cerca de 30%.
A MDC tem alguns projetos de biogás operando, mas a maior planta da companhia fica dentro do Aterro da Marquise, em Caucaia, região Metropolitana de Fortaleza (CE), que produz cerca de 100 mil m3 de biometano conectada na rede de gasoduto da Companhia de Gás do Ceará (Cegás).
A CEO da MDC, Manuela Kayath, conta que o negócio é vantajoso, já que a planta tem um contrato de longo prazo e ainda vende Cbios (créditos de descarbonização). Ela avalia que o Novo Marco do Saneamento e a busca dos clientes por um gás sustentável devem impulsionar o desenvolvimento desta fonte. “O biometano é um ótimo negócio para o gestor de aterros, pois permite a destinação socioambiental correta dos resíduos. Só em Fortaleza, quase 15% da receita do meu negócio vem de atributos ambientais de crédito de carbono e Cbios”, afirma Kayath.
A executiva diz ainda que esse mercado está em forte expansão e que o plano da companhia é a expansão neste segmento. Recentemente a empresa anunciou um acordo com a Solví Essensis Ambiental para investimento de R$ 40 milhões em uma planta de geração de biometano no aterro de Caieiras (SP), o maior da América Latina, e prevê que o local seja conectado no gasoduto da Comgás. “Pela regulamentação, hoje eu consigo vender a qualquer cliente que está conectado à rede, pagar uma taxa pelo uso da infraestrutura e vender no mercado livre”, diz a CEO.